quinta-feira, 23 de junho de 2022

MONITORAR GRANDES ÁREAS

 Indicador para monitorar secas em grandes áreas agrícolas | Influência climática do Atlântico | Mapa da precipitação | Semiárido brasileiro

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Letras Ambientais contato@letrasambientais.org.br por  klicksend.com.br 

ter., 21 de jun. 10:04 (há 2 dias)
para mim

[Atualização] Análise das condições das temperaturas do oceano Atlântico

Essa imagem representa a variação espacial da anomalia das temperaturas da superfície do Atlântico, com dados do dia 06 de junho. As áreas em tons azuis representam águas superficiais mais frias que a média histórica, dos últimos 30 anos (anomalia negativa), e as cores que variam do amarelo ao vermelho, indicam águas mais quentes que o normal (anomalia positiva).

No litoral norte-nordeste do Brasil, as temperaturas das águas do oceano Atlântico estão mais quentes que o normal. Já no litoral sul do Brasil, estão em condições mais frias, em relação à média histórica.

O monitoramento da temperatura da superfície dos oceanos é uma informação decisiva para compreender a previsão climática. Quanto mais aquecidas as águas da costa leste e norte do Nordeste, maior é a possibilidade de precipitação nessa região.

Mapa da precipitação destaca áreas que receberam chuva até meados de junho

O Laboratório LAPIS atualizou o mapa da situação da seca no Brasil, a partir do seu monitoramento semanal, realizado por satélites. A nova imagem de satélite continua a destacar padrão de seca na região central do Brasil (área em vermelho), embora tenha havido melhoria nos volumes de chuva no oeste do Centro-Oeste, na semana de 06 a 12 de junho.

As chuvas continuam significativas no Norte do Brasil, com exceção do sul do Pará e de Tocantins. Na região Sul e no extremo leste do Nordeste, também houve chuvas significativas. Porém, durante o período, a estiagem afetou grande parte do Nordeste, além do Sudeste e parte do Centro-Oeste.

O mapa SIG de precipitação foi elaborado no software QGIS, com dados do produto CHIRPS, obtidos principalmente a partir de satélites.

Se você tem interesse em dominar o geoprocessamento no QGIS, para gerar esse tipo de mapa, processar e analisar imagens de satélites/indicadores ambientais e climáticos, conheça o Curso de QGIS do Laboratório LAPIS, um treinamento prático e completo, desde o nível básico até o avançado.

Confira a situação da cobertura vegetal no novo Semiárido brasileiro

Neste post, vamos analisar a atual situação da cobertura vegetal do novo Semiárido brasileiro, a partir do mapa do Índice de Vegetação por Diferença Normalizada (NDVI), processado no software QGIS.

De acordo com a imagem de satélite, baseada em dados do período de 06 a 12 de junho, toda a porção norte do Nordeste brasileiro está com vegetação verde, em função das chuvas significativas recebidas nas últimas semanas. Há registro de seca leve a moderada desde a área central até o sul do Semiárido brasileiro, que abrange desde a área central do Piauí e Maranhão até o norte de Minas Gerais. Na área em vermelho, no mapa, bem no centro da região do Semiárido brasileiro, houve registro de seca intensa afetando a vegetação.

A região de Matopiba, fronteira agrícola que vai desde o oeste da Bahia, sul do Piauí e do Maranhão, também está com vegetação moderadamente seca.

O mapa de NDVI é um dos indicadores amplamente utilizados para monitoramento da seca, pelos impactos diretos do estresse hídrico sobre a vegetação. Esse mapa de alta tecnologia, baseado em dados do satélite Meteosat-11, combina a ciência geográfica com o poder do Sistema de Informação Geográfica (SIG). É uma importante ferramenta, que governa a tomada de decisão em diversos setores, especialmente na agricultura.

mapa de NDVI do Semiárido brasileiro já está atualizado com a nova delimitação do Semiárido brasileiro, cuja lista de municípios integrantes foi revisada em dezembro de 2021. Para fazer o download gratuito do novo shapefile da região, clique aqui.

Esse indicador não pode faltar para monitorar secas em grandes áreas agrícolas

O conhecimento da umidade do solo é fundamental para a caracterização das secas agrícolas. As estimativas de umidade do solo, baseadas em amostras de campo, são muito precisas, mas têm uma aplicação limitada, devido à sua natureza pontual, sua limitada extensão espacial e a alta variedade de tipos de solo. Acesse aqui o mapa atualizado da umidade do solo.

Essa limitação vem sendo superada, em razão do desenvolvimento da tecnologia de sensoriamento remoto e de algoritmos específicos para quantificar a umidade do solo, a partir de plataformas de satélite com sensores de micro-ondas.

Atualmente, essas estimativas são utilizadas para detectar e monitorar regiões afetadas por secas e têm a vantagem da sua ampla distribuição e cobertura espacial, bem como da disponibilidade temporal de dados.

O minissatélite SMOS (Soil Moisture and Ocean Salinity) abriu novas perspectivas para monitorar os efeitos das secas, em grandes áreas agrícolas. Mas apesar do grande potencial do SMOS para monitoramento de secas agrícolas, poucas pesquisas têm sido publicadas no mundo sobre o assunto, especialmente no Brasil.

Alguns estudos recentes do Laboratório Lapis propuseram novos índices, baseados em estimativas da umidade do solo, derivadas do SMOS, para avaliar secas agrícolas. Esses indicadores da estimativa da umidade do solo são capazes de fornecer alerta precoce dos impactos da seca na produção agrícola.

Esses indicadores da umidade do solo fazem parte do método de geoprocessamento “Mapa da Mina”, criado pelo Laboratório LAPIS. Para participar do treinamento online em QGIS, do Laboratório Lapis, e aprender a processar imagens de satélites como essas para a sua região, clique neste link e conheça o método.


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