Fux estarrece ministros do STF
Queiroz não é nem investigado...
publicado
17/01/2019

Do Blog da Andréia Sadi, no G1:
Ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) ouvidos pelo blog,
em caráter reservado, se disseram surpresos com a decisão do ministro
Luiz Fux suspendendo temporariamente o caso envolvendo o ex-assessor
Fabricio Queiroz, que trabalhou para o senador eleito Flavio Bolsonaro
(PSL-RJ).
Mas,
mais do que isso, apontaram surpresa com o pedido feito por Flavio
Bolsonaro, uma vez que ele não é investigado - apenas citado no
inquérito do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf)que
apontou movimentação atípica de Queiroz.
O
ministro Fux atendeu a um pedido do senador eleito que, por ter foro
privilegiado, quer que o caso seja julgado pelo Supremo Tribunal
Federal. Queiroz não tem foro.
Quem
vai decidir sobre o caso é o ministro Marco Aurélio Mello, relator, mas
a discussão pode acabar na Primeira Turma da Corte, por se tratar de um
senador.
Um dos ministros da Corte ouvidos pelo blog afirmou
considerar o pedido do Flávio Bolsonaro um “erro”, porque agora a
questão será avaliada pela procuradora-geral da República, Raquel Dodge.
Na
avaliação desse ministro, a procuradora será obrigada a pedir a
ampliação da investigação, porque os fatos também envolvem o presidente
Jair Bolsonaro. Para ele, era melhor para a família o caso seguir na
primeira instância, onde há uma limitação para ampliar o escopo por
conta do foro privilegiado.
Esse
ministro considera que Raquel Dodge terá de pedir para analisar a
questão dos depósitos na conta de Michele Bolsonaro. Jair Bolsonaro
disse que o dinheiro se refere ao pagamento de uma dívida de Queiroz.
Pela Constituição, o presidente não pode ser processado por fatos
anteriores ao mandato, mas pode ser investigado.
A avaliação é que o ministro Marco Aurélio, que é o relator, vai instigar essa ampliação da investigação.
Nenhum comentário:
Postar um comentário