terça-feira, 17 de novembro de 2015

Samarco admite que barragens ainda podem se romper em Mariana (MG)

Rayder Bragon
Colaboração para o UOL, em Belo Horizonte
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  • Douglas Magno/AFP
    Carro é levado por enxurrada causada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco Fundão, em Mariana (MG)
    Carro é levado por enxurrada causada pelo rompimento da barragem da mineradora Samarco Fundão, em Mariana (MG)
A barragem de Santarém, que represa parte dos rejeitos da barragem do Fundão, que rompeu e causa a onda de lama que matou várias pessoas e segue pelo rio Doce,  pode também romper já que foi que foi danificada após o desastre de Mariana (MG). A barragem de Germano, mais distante de ambos, também corre riscos.
Durante entrevista coletiva realizada nesta terça-feira (17), na sede da Samarco, em Mariana (MG), representante da empresa admitiu que pode não está descartado um rompimento..
"Hoje os fatores de segurança para a barragem de Selinha [dique da barragem de Germano] que é menor dos barramentos de Germano, é o 1,22. É o menor fator de segurança que a gente tem", disse Kleber Terra, Diretor de Operações e Infraestrutura, para completar que Santarém está com fator de segurança em 1,37. Conforme ele, as normas que regem as medidas de segurança em barragens exigem um fator acima de 1,5.
Segundo outro representante da empresa, a barragem de Santarém pode se romper caso haja um "fluxo descontrolado" de materiais.
"A maior preocupação mesmo, na barragem de Santarém, é a erosão. Então, um fluxo descontrolado passando novamente por cima da barragem, nós poderíamos aumentar, sim, essa erosão e poderíamos ter, sim, passagem desse material que está retido à montante para à jusante", afirmou Germano Lopes, gerente-geral de projetos estruturais. "Esse fluxo descontrolado pode ser provocado por chuvas intensas, fazendo com que uma cheia se formasse dentro da bacia hidrológica das barragens".
De acordo com os representantes da empresa, obras emergenciais estão sendo feitas nas duas barragens, As obras em Germano vão durar 45 dias e, as da Santarém, 90 dias.
 
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