segunda-feira, 27 de outubro de 2025

GOVERNO FEDERAL RECONHECE EMERGÊNCIA EM 65 MUNICÍPIOS DO RN POR CAUSA DE SECA

Governo federal reconhece emergência em 65 municípios do RN por causa de seca; veja lista Segundo o governo do RN, estado tem mais de 140 municípios em situação de emergência por causa da seca. Por g1 RN 23/10/2025 11h04 Atualizado há 4 dias Seca atinge mais de 140 municípios do RN, segundo o governo do estado — Foto: Assecom/Governo do RN/Divulgação Seca atinge mais de 140 municípios do RN, segundo o governo do estado — Foto: Assecom/Governo do RN/Divulgação A Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil publicou no Diário Oficial da União desta quinta-feira (23) o reconhecimento da situação de emergência em 65 municípios do Rio Grande do Norte afetados por estiagem prolongada. A medida atende à solicitação encaminhada pelo governo do estado, que havia requisitado o reconhecimento para um total de 147 municípios potiguares. 📳 Clique aqui para seguir o canal do g1 RN no WhatsApp Segundo o governo, os demais municípios não incluídos na publicação já possuíam decretos de emergência vigentes, emitidos anteriormente pelas próprias prefeituras, o que dispensou nova homologação federal. O reconhecimento federal garante apoio nas ações emergenciais de convivência com a seca, como o abastecimento de água potável, a perfuração e instalação de poços e o transporte por carros-pipa, além das ações voltadas à redução dos efeitos da seca às atividades econômicas. LEIA MAIS Governo do RN decreta emergência por seca em 147 cidades; veja lista Mais de 84% dos municípios do RN tiveram seca em junho; veja regiões mais afetadas “O decreto estadual contemplou 147 municípios, mas ao consultar a plataforma da Defesa Civil, identificamos que 73 deles já possuíam reconhecimento federal vigente, emitido por decretos municipais. O reconhecimento depende do preenchimento do Formulário de Informação de Desastre (FIDE), realizado por cada município. Esses 65 municípios reconhecidos agora foram os que preencheram o formulário e não tinham reconhecimento federal ativo ou estavam no fim da vigência”, explicou o coordenador da Defesa Civil Estadual, tenente-coronel Fonsêca. De acordo com ele, o estado chegou a 130 municípios com reconhecimento vigente atualmente. Situação de seca no RN atinge 147 municípios Situação de seca no RN atinge 147 municípios "Alguns municípios, no entanto, não foram reconhecidos por questões técnicas, justamente por não terem preenchido o Formulário de Informação de Desastre, que é requisito obrigatório para o reconhecimento federal”, explicou Fonsêca. Municípios com emergência reconhecida pelo governo federal Acari Água Nova Alto do Rodrigues Antônio Martins Apodi Barcelona Bento Fernandes Boa Saúde Bodó Bom Jesus Coronel João Pessoa Cruzeta Doutor Severiano Encanto Equador Francisco Dantas Guamaré Ielmo Marinho Ipanguaçu Itajá Itaú Jandaíra Jardim de Angicos João Câmara José da Penha Lagoa de Velhos Lagoa Salgada Macaíba Major Sales Marcelino Vieira Maxaranguape Monte Alegre Mossoró Nova Cruz Olho-D`Água do Borges Ouro Branco Pedra Grande Pedro Avelino Pendências Pilões Portalegre Porto do Mangue Pureza Rafael Fernandes Riacho da Cruz Ruy Barbosa Santana do Matos São Bento do Trairí São Francisco do Oeste São José do Seridó São Miguel do Gostoso São Pedro São Vicente Serra Caiada Serra do Mel Serrinha Serrinha dos Pintos Sítio Novo Taipu Tenente Ananias Tibau Timbaúba dos Batistas Touros Venha-Ver Vera Cruz Ações contra a seca Segundo o governo do estado, uma série de ações de planejamento e execução de obras foi adotada para mitigar os efeitos dos baixos índices de chuva em quase todo o estado. Entre as providências previstas, estão a perfuração e instalação de 500 poços artesianos até abril de 2026, dos quais mais de 100 unidades já foram perfuradas; construção de quase 2.500 cisternas, com obras em andamento, e ações para dessedentação animal e ração com preço subsidiado. Estado decretou situação de emergência no dia 1º de outubro O Governo do Estado decretou situação de emergência em 147 municípios por meio do Decreto nº 34.946, de 1º de outubro de 2025, assinado pela governadora Fátima Bezerra e publicado no Diário Oficial do Estado de 2 de outubro. O decreto contempla 71 municípios localizados em áreas de seca classificada como grave, por escassez de chuvas e redução dos volumes hídricos nos principais reservatórios públicos. A decisão estadual foi embasada em relatórios técnicos da Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico (ANA), da Companhia de Águas e Esgotos do RN (Caern), da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Pesca (SAPE) e da Empresa de Pesquisa Agropecuária do RN (Emparn). De acordo com a Emparn, a estação chuvosa de 2025 (janeiro a junho) apresentou índices 16,1% abaixo da média esperada, com maior severidade nas mesorregiões Central (-24,5%) e Agreste (-20,4%). A redução pluviométrica afetou a recarga hídrica de açudes e poços e impactou diretamente a produção agropecuária e o abastecimento das comunidades rurais.

N. 102

domingo, 26 de outubro de 2025

SUBSIDIO PARA O MILHO

ESTAMOS EM CAMPANHA PELO SUBSIDIO PARA O MILHO DA CONAB, PROCURAMOS ALGUMAS REPRESENTAÇÕES E O QUE TRANSPARECE É QUE NÃO CONSEGUIMOS SENSIBILIZAR A CLASSE POLITICA DO ESTADO, PARECE QUE EXISTE UM DISTANCIAMENTO MUITO GRANDE ENTRE AS NECESSIDADES DA POPULAÇÃO E AS NECESSIDADES DA CLASSE POLITICA, POIS ESTAMOS A TODO MOMENTO VIVENCIANDO MUITAS RECLAMAÇÕES E DEPOIMENTOS DE PEQUENOS PRODUTORES SOBRE A NECESSIDADE DE UMA INTERVENÇÃO POR PORTE DOS GOVERNOS, SEJAM: MUNICIPAL, ESTADUAL OU FEDERAL, E ENTENDEMOS COMO PRIORIDADE MAIOR A QUESTÃO DO SOBSIDUO DO MILHO DA CONAB/ FIZEMOS INSCRIÇÃO PARA A QUESTÃO DO FENO DA EMPARN,MAS, ATÉ O MOMENTO NENHUMA SINALIZAÇÃO NESTE SENTIDO. HOJE NO GLOBO RURAL HOUVE O RELATO DA SITUÇÃO DE ALGUNS MUNICIPIOS DO PIAUI, O QUE NÃO DIFERE MUITO DA SITUAÇÃO ATUAL NO RN, FALTA DE COMIDA PARA OS ANIMAIS,SEJAM: CAPRINOS/ OVINOS OU BOVINOS.

O QUE ESTA AVE DE RAPINA FOI FAZER EM SÃO TOMÉ?

UMA CIDADE ENCRAVADA NA REGIÃO SEMIÁRIDA QUE OS REPORTERES CHAMAM DE AGRESTE, NÃO DESFRUTA DE MUITA SORTE EM TERMOS DE REPRESENTAÇÕES, DIGO ISTO, POIS OS PREFEITOS RECENTES GUARDAM ENTRE SI, UM AJUNTAMENTO DE POLITICOS, SEM NENHUMA PREOCUPAÇÃO COM A SITUAÇÃO EM QUE VIVE O MUNICÍPIO, FALO ISTO EM TERMOS DE AÇÕES QUE VENHAM A MELHORAR A QUALIDADE DE VIDA DOS HABITANTES DA CIDADE, SÓ QUEREM MANTER UM CURRAL ELEITORAL. QUANDO FALO NO TEXTO, INDAGO SOBRE A VISITA DE ROGÈRIO MARINHO, UMA FIGURA NEFASTA, QUE POR ONDE ANDA DEIXA SEU RASTRO DE MEDIDAS NÃO REPUBLICANAS, QUANDO FALO DESTACO SUA TRAJETÓRIA NA CÂMARA MUNICIPAL DE NATAL, SUA ESTADA NA SECRETARIA DO INSS EM 2019, NO APOGEU DOS ESCÂNDALOS QUE SÓ VEM A PUBLICO RECENTE, MESMO DEPOIS DOS ALERTAS A PARTIR DE 2019, E POR FIM SUA PASSAGEM PELO MINISTÉRIO ,COM OS FAMOSOS TRATORES SUPERFATURAOS, JÁ PENSOU? E AGORA ESTÁ SE AVENTURANDO A UMA PRETENSA CANDIDATURA AO GOVERNO DO ESTADO, SERÁ QUE VAI TER A AJUDA DO MOTA PARA CHEGAR AO SEU INTENTO,(REFIRO CANDIDATURA DE MOTA AO SENADO), FUNDAMENTAL PARA ELEIÇÃO DE ROGÉRIO MARINHO AO SENADO. ACREDITO QUE ONDE ESTA FIGURA PISA O SOLO FICA INFERTÍL .

sábado, 25 de outubro de 2025

DESINDUSTRIALIZAÇÃO, TECNOLOGIA E CRISE NOS EUA

Desindustrialização, tecnologia e crise nos EUA – As relações sociais são incongruentes com o crescimento da alta tecnologia. IA e a "Internet das Coisas" vão substituir o trabalho repetitivo de nível médio Publicado em 24/10/2025 Compartilhe: TelegramWhatsAppTwitterFacebookLinkedInEmail O desespero do establishment norte-americano em restringir as importações e reativar a indústria manufatureira é uma tentativa fútil de criar empregos para a força de trabalho com ensino médio, que antes desfrutava de uma vida digna no século XX. O crescimento sem emprego que os EUA adotaram durante o regime neoliberal foi uma estratégia para transferir conscientemente a indústria para o Sul global, aproveitando a mão-de-obra barata e os recursos naturais, enquanto emergia como o centro financeiro do mundo, atraindo lucros de todo o planeta. Esse influxo para comprar ativos denominados em dólares permitiu aos EUA manter enormes défices em conta corrente e pagar as importações dos EUA. Nesse processo, as empresas americanas e os oligarcas ricos acumularam lucros enormes com as bolhas de ativos, mas os pobres e a classe média enfrentaram uma estagnação de longo prazo nos salários reais. Isso se tornou politicamente sensível ao longo dos anos e, na última década, a criação de empregos tornou-se uma questão importante nas eleições presidenciais dos EUA. Com o declínio do rendimento real e o aumento da dívida das famílias americanas médias, além da falta crónica de oportunidades de emprego, aumentaram as tensões raciais e a intolerância. Os democratas defensores do status quo, que mal prestaram atenção às questões reais dos trabalhadores durante o seu governo, levaram a uma viragem para a direita, com Trump emergindo como o messias da classe trabalhadora e média branca. A população desmobilizada dos EUA, num cenário de crise aguda e impotência, estava à procura de um demagogo, um líder poderoso que pudesse quebrar o equilíbrio dos políticos da elite e falar e implementar políticas que pudessem parecer irracionais e más para o mundo externo, mas boas para o americano médio. "Make America Great Again" ou MAGA é um projeto político que promete abordar a crise imediata de hegemonia enfrentada pela classe dominante tanto interna como externamente. DESINDUSTRIALIZAÇÃO NOS EUA A desindustrialização nos EUA começou com o fim da Segunda Guerra Mundial. Até 1944, os EUA eram o centro de produção mundial. A queda da participação da indústria no PIB começou na década de 1950 e foi mais acentuada a partir da década de 1980. Embora esse declínio seja frequentemente atribuído ao aumento das importações da China, este país só aderiu à OMC em 2001 e, portanto, a desindustrialização nos EUA não pode ser atribuída exclusivamente às importações do Sul Global, particularmente da China. Além disso, os EUA tiveram a desindustrialização mais rápida no período da globalização neoliberal. As políticas neoliberais permitiram que o capital global tivesse fácil acesso à reserva inexplorada de mão-de-obra no Sul Global e aos recursos naturais disponíveis nessa região. As multinacionais transferiram as suas instalações de produção e as empresas americanas obtiveram 40% dos seus lucros fora dos EUA. Isto foi possível porque o custo da mão-de-obra era 60% mais baixo nesses países em comparação com os EUA. Além disso, apesar da desindustrialização, os EUA continuaram a ser o centro financeiro do mundo, onde 80% das transações do mercado de ações mundial se concentravam, até hoje. A vantagem única dos EUA é que a sua moeda nacional, o dólar, é também a moeda de reserva global. Assim, os lucros obtidos em todo o mundo pelas empresas globais são reciclados para os EUA na compra de ativos denominados em dólares, que são uma riqueza segura. Isto permite aos EUA manterem enormes défices na balança corrente, ou seja, as suas importações são muito superiores às exportações. Para outros países, uma proporção tão grande do défice comercial em relação ao PIB acaba por levar à desvalorização da moeda nacional e, consequentemente, à redução dos rendimentos internos. Mas, como os EUA podem facilmente imprimir dólares, podem sustentar enormes défices comerciais sem suprimir o rendimento médio. Por outras palavras, podem financiar as suas importações através da absorção de lucros de todo o mundo. Em suma, em vez de exportar bens e serviços, a economia dos EUA injetou dólares ou exportou capital para o mundo e acumulou dólares reciclados sob a forma de entradas de capital que foram utilizadas para recomprar ações, inflacionar os valores das obrigações ou outros ativos financeiros, criando lucros enormes para os EUA e para os ricos globais que detêm ativos denominados em dólares. Mas essa arquitetura funciona enquanto a participação dos EUA no comércio mundial e no PIB continuar a ser grande. A crise que os EUA enfrentam agora é uma participação em declínio no comércio mundial e o aumento de cooperações económicas que tendem a minar o uso do dólar, comercializando em moedas alternativas. Portanto, os EUA sob Trump querem impor impostos a outros parceiros comerciais, dizendo que os países devem pagar altas tarifas para entrar nos mercados dos EUA, que devem abrir os seus mercados internos aos produtores dos EUA, que devem comprar aeronaves militares dos EUA, expandindo as suas despesas com defesa, ou que devem comprar títulos do Tesouro dos EUA, que têm rendimentos de longo prazo muito baixos. Por outras palavras, o mundo deve pagar para aceder ao mercado dos EUA e pagar pela segurança proporcionada pela infraestrutura militar dos EUA e para manter a hegemonia do dólar, que garante ativos seguros. Isto é simplesmente pressão e utilização do dólar como arma, mas, ao mesmo tempo, o último recurso de uma potência hegemónica em declínio. Não passa de uma última tentativa de reestruturar o mundo de acordo com a imagem dos EUA e de reagrupar os países como aliados e inimigos em relação à China. Receba os destaques do dia por e-mail Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site. Nome Sobrenome E-mail Telefone / WhatsApp Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade. TECNOLOGIA E CRISE A crise é ainda mais profunda porque a questão imediata de gerir o défice comercial e criar empregos para os cidadãos americanos comuns está ligada ao problema estrutural que as novas tecnologias exigem. O capitalismo está no meio de uma nova onda tecnológica, e as tecnologias destinam-se principalmente a substituir o esforço humano. Mas essas novas tecnologias, embora substituam a mão-de-obra em alguns setores, também podem criar oportunidades de emprego em outros setores. O efeito líquido depende de como os trabalhadores despossuídos estão a ser absorvidos nos setores que utilizam a mão-de.obra. No início do século XIX, houve o movimento ludita contra o uso de máquinas, bem como tensão social e descontentamento com a condição da classe trabalhadora, particularmente no contexto da exploração do trabalho feminino e infantil. Mas não houve tal ressentimento durante a segunda revolução industrial, impulsionada pela eletricidade como nova tecnologia de uso geral que mecanizou radicalmente a indústria, bem como as atividades domésticas. A expansão dos serviços criou oportunidades de emprego, particularmente para digitadores, escriturários e caixas com formação secundária. Isso acompanhou a expansão maciça da indústria automóvel, juntamente com o crescimento das estradas e ferrovias. A negociação entre o capital e o trabalho passou de lutas contra as máquinas para a distribuição equitativa dos ganhos de produtividade derivados do uso das máquinas. Isso também foi apoiado pelo fornecimento público de ensino secundário nos EUA, que assegurou a oferta da mão-de-obra necessária. Desta vez, a situação é diferente. A IA e a "Internet das Coisas" vão substituir o trabalho repetitivo de nível médio, tanto na indústria como nos serviços. A indústria entrou na fase da indústria escura, ou seja, atividades industriais realizadas por robôs. Com a queda no preço dos robôs, os seres humanos serão cada vez mais substituídos por robôs na indústria. E a relocalização da indústria transformadora nos EUA só é viável se a enorme diferença nos custos salariais puder ser contornada com o uso de robôs. Mas, novamente, isso não criaria oportunidades de emprego para os trabalhadores americanos. Portanto, embora os EUA possam de alguma forma aumentar a participação da indústria transformadora no seu PIB, isso não vai gerar oportunidades de emprego para os seus trabalhadores. As novas tecnologias podem criar oportunidades para habilidades analíticas simbólicas, mas não criariam oportunidades de emprego para trabalhadores com ensino médio, como aconteceu nas fases anteriores das revoluções tecnológicas. Por outro lado, à medida que o conteúdo de conhecimento aumenta no processo de produção, é necessário criar uma oferta de trabalhadores qualificados. Mas o neoliberalismo restringe o fornecimento público desse tipo de educação e, portanto, o prémio de qualificação aumentaria para os ricos que podem pagar para adquirir essas competências. A diferença crescente entre os rendimentos dos trabalhadores pouco qualificados e os altamente qualificados irá agravar a desigualdade de rendimentos, juntamente com o aumento do desemprego. Parece que o capitalismo está a entrar numa crise terminal. As relações sociais são incongruentes com o crescimento da alta tecnologia. O capitalismo sempre afasta uma crise aumentando a carga sobre os trabalhadores. Mas, com a mobilização aumentada dos explorados e oprimidos, os trabalhadores ao longo da história conseguiram resistir a essa imposição e iniciar uma mudança radical nas relações sociais. Tal mudança não apenas põe fim à crise do capitalismo, mas também põe fim ao capitalismo como um todo. 19/Outubro/2025 Sanjay Roy - Analista, indiano O original encontra-se em peoplesdemocracy.in/2025/1019_pd/deindustrialisation-technology-and-crisis-us Fonte(s) / Referência(s): Resistir.info

EXCLUSIVO: CHINA ESMAGA TARIFAÇO DE DONALD TRUMP

Exclusivo: China esmaga tarifaço de Donald Trump China demonstra como vale a pena investir em diplomacia ao invés de guerras Publicado em 24/10/2025 Compartilhe: TelegramWhatsAppTwitterFacebookLinkedInEmail Navio de carga no canal da Baía de Jiaozhou, China. Foto: Costfoto/Nurphoto/Getty Images A China derrotou de maneira impressionante o tarifaço imposto por Donald Trump. Os números do comércio exterior da alfândega chinesa, divulgados essa semana, revelam que o gigante asiático vem aumentando suas exportações, apesar das barreiras impostas pelos Estados Unidos. A corrente de comércio (exportação + importação) da China, em setembro de 2025, atingiu US$ 566,68 bilhões, marcando um aumento de 4,74% em relação ao mês anterior e um crescimento de 7,94% em comparação com o mesmo período do ano passado. Para uma análise mais aprofundada da evolução do comércio chinês, eliminando os ruídos da sazonalidade, a média móvel de 12 meses é a metodologia mais indicada. Nesse sentido, a corrente de comércio da China (soma de exportações e importações) atingiu uma média mensal de US$ 524,89 bilhões em setembro de 2025. O acumulado dos últimos 12 meses (outubro de 2024 a setembro de 2025) confirmou um recorde, totalizando US$ 6,3 trilhões. É notável que esses resultados foram alcançados mesmo com a significativa redução do comércio com os Estados Unidos, que atingiu o menor nível em décadas. Na média móvel de 12 meses, a participação da corrente de comércio da China com os EUA no total foi de 8,08%. A estratégia chinesa para contornar o tarifaço de Donald Trump incluiu o fortalecimento das relações comerciais com outros blocos econômicos. Em setembro, a corrente de comércio da China com os BRICS e a ASEAN cresceu, representando 10,11% e 15,91% do total, respectivamente. Em relação ao Brasil, especificamente, a nossa corrente de comércio com a China em setembro de 2025 atingiu 3,27% do total, marcando o aumento expressivo da participação brasileira no comércio total chinês. As exportações brasileiras de carne e café para a China apresentaram um excelente desempenho em setembro, contribuindo para que o Brasil também superasse as agressões tarifárias impostas pelos Estados Unidos. Em setembro de 2025, a China importou 143,12 milhões de dólares em café, representando um aumento impressionante de 119,11% em relação a setembro de 2024, quando havia importado 65,32 milhões de dólares. Da mesma forma, as importações de carne bovina congelada atingiram 1,6 bilhão de dólares, um crescimento robusto de 72,93% comparado aos 962,09 milhões de dólares importados no mesmo mês do ano anterior. Esses números, considerando produtos de todas as origens e não apenas do Brasil, refletem a dinâmica do comércio chinês com o mundo. Receba os destaques do dia por e-mail Cadastre-se no AEPET Direto para receber os principais conteúdos publicados em nosso site. Nome Sobrenome E-mail Telefone / WhatsApp Ao clicar em “Cadastrar” você aceita receber nossos e-mails e concorda com a nossa política de privacidade. As importações chinesas de petróleo, contudo, têm apresentado queda. Em setembro de 2025, o volume importado foi de US$ 23,83 bilhões, uma redução de 7,50% em relação a setembro de 2024, quando havia importado 25,76 bilhões de dólares. Esse movimento pode indicar o início de uma transição energética no país, impulsionada pelo aumento da produção interna de energia limpa, como a nuclear, eólica e solar. Em 2024, a China adicionou 300 GW de capacidade de energia renovável, representando 50% da nova capacidade global. A União Europeia (UE) mantém-se como uma parceira comercial relevante para a China, respondendo por 12,92% da corrente de comércio chinesa na média móvel de 12 meses. Considerando apenas as exportações chinesas, setembro de 2025 também se destacou como o melhor mês da história do país, com US$ 328,57 bilhões em vendas. Esses números demonstram que os Estados Unidos, ao implementar o tarifaço, inadvertidamente impulsionaram a China a reduzir drasticamente sua dependência comercial do consumidor americano, e a diversificar sua clientela. As sanções tecnológicas, que visavam restringir o acesso chinês a semicondutores e chips avançados, também forçaram a China a desenvolver sua própria produção tecnológica interna. Notícias recentes indicam que o governo chinês orientou suas empresas a não mais adquirir chips da NVIDIA, a principal produtora de chips de IA dos Estados Unidos. O tarifaço punitivo e unilateral de Donald Trump contra a China, portanto, acelerou o processo de autonomia tecnológica do país. É relevante analisar os dados do comércio exterior chinês em relação à sua população e ao seu PIB. Contrariando a narrativa ocidental de que a China é um país excessivamente focado em exportações, a participação das exportações no PIB chinês é menor do que na Europa, e não muito diferente da de outros países do Sul Global. Em termos per capita, a corrente de comércio da China é de US$ 4.449, enquanto a da União Europeia (UE) é de US$ 19.777 e a dos EUA é de US$ 16.100. A participação das exportações no PIB da China é de 19,45%, inferior à da UE (22,86%), mas superior à dos EUA (6,92%). Acusar a China de exportar demais é, na realidade, uma posição preconceituosa. O Ocidente, representado pela UE e pelos EUA, pode exportar proporcionalmente muito mais à sua população do que a China. Essa crítica revela um duplo padrão, onde o Ocidente se permite exportar em escala muito maior per capita, enquanto questiona o desempenho comercial chinês. O grande trunfo da China reside nos investimentos contínuos em infraestrutura, educação, tecnologia e pesquisa científica nas últimas décadas. Essa abordagem tem impulsionado a produtividade de sua economia e de seus trabalhadores, além de proporcionar bem-estar à população. As elites políticas europeias, por outro lado, se submetem servilmente à propaganda imperial que serve unicamente aos interesses dos Estados Unidos. O resultado é que oferecem aos cidadãos europeus a retirada de direitos sociais para desviar recursos para uma indústria de guerra comandada pelos EUA. A Rússia, contrariamente à narrativa ocidental, não possui interesse, capacidade econômica, tamanho populacional, força militar ou motivação geopolítica para fazer guerra contra a Europa. Historicamente, foi a Europa que invadiu a Rússia, não o contrário. Não uma, mas duas vezes, com Napoleão e Hitler. A segunda força que oprime a Europa vem de sua própria elite política. A Europa possui um caminho alternativo. Deve restabelecer relações diplomáticas e comerciais com a Rússia, incrementar suas relações com a China e com a Ásia em geral, e estabelecer uma relação mais inteligente e menos colonial com a África, se juntando a China nos esforços para construir lá melhor infraestrutura e desenvolver a economia dos países africanos para que o continente se torne um mercado mais sofisticado para produtos e serviços europeus. Apenas através dessa reorientação geopolítica e comercial a Europa poderá recuperar sua autonomia, sua prosperidade e seu futuro. Essa falsa narrativa é apenas uma forma de enganar a população para que aceite cortes sociais e o aumento da desigualdade no continente. Enquanto isso, a China demonstra como vale a pena investir em diplomacia ao invés de guerras. Se os Estados Unidos e a Europa tivessem aplicado os trilhões de dólares despendidos nas guerras imperiais das últimas décadas em infraestrutura, como uma malha ferroviária de alta velocidade, suas empresas desfrutariam de maior produtividade e estariam muito mais instrumentalizadas para fazer uma competição saudável e pacífica com a China. Fonte(s) / Referência(s): O Cafezinho Jornalismo AEPET

PROCURADORIA ALERTOU, MAS INSS IGNOROU RISCOS DE ACORDO COM AMAR BRASIL

ocuradoria alertou, mas INSS ignorou riscos de acordo com Amar Brasil Parecer jurídico de 2022 desaconselhou parceria do INSS com Amar Brasil e fez alerta sobre fraudes dos descontos indevidos por associações Manuel Marçal 25/10/2025 02:00, atualizado 25/10/2025 02:00 Compartilhar notícia Google News - Metrópoles Foto: Waldemir Barreto/Agência Senado Felipe Macedo Gomes prestou depoimento à CPMI do INSS na última segunda-feira (20/9) ouvir notícia Executivos do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) foram alertados, em agosto de 2022, sobre a mudança do quadro societário da Amar Brasil Clube de Benefícios (ABCB) durante as tratativas de Acordo de Cooperação Técnica (ACT) com a entidade, no contexto em que, à época, a autarquia federal já era alvo de reclamações e de ações judiciais sobre descontos não autorizados feitos por associações nas contas de aposentados e pensionistas. A informação consta em parecer da Procuradoria Federal Especializada junto ao INSS, que se manifestou pela não aprovação da minuta do ACT e pela inviabilidade jurídica para a assinatura do acordo. A nota técnica informava que a Amar Brasil não comprovou ser exclusivamente formada por aposentados, pensionistas e idosos, deixando de atender completamente aos requisitos legais e normativos do INSS. 7 imagens Felipe Macedo, ex-presidente da Amar Brasil, tinha 30 anos quando celebrou convênio com INSS em 2022 Ex-executivo do INSS Edson Akio Yamada é sócio de uma consultoria com José Carlos Oliveira — ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Bolsonaro Jucimar Fonseca é um dos cinco executivos do INSS investigado pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) sobre a fraude bilionária Felipe Macedo Gomes se recusou a responder questionamentos dos parlamentares durante sessão da CPMI do INSS Felipe Macedo Gomes e a esposa oram com o pastor Cesar Bellucci, da Sete Church “Conquanto a entidade tenha apresentado (…) cópias autenticadas do Estatuto Social consolidado e da Ata da Assembleia Geral Ordinária/Extraordinária realizada em 23/05/2022, que deliberou sobre a renúncia da então diretoria e promoveu a eleição da nova diretoria que elegeu a atual diretoria, é preciso alertar os gestores desta Autarquia de que o INSS está sendo chamado a responder civilmente por danos em ações judiciais decorrentes de descontos de valores de mensalidades de associações alegadamente não autorizados ou mesmo diversos do que efetivamente foi autorizado”, assinala a procuradora federal Patrícia Cristina Lessa Franco Martins. “Em razão de tal contexto, afigura-se de todo recomendável que a administração passe a apreciar mais acuradamente a legalidade da constituição de associações que busquem parcerias com o INSS, para esse e outros fins”. Quem eram os executivos do INSS favoráveis à celebração da ACT com Amar Brasil ACTs eram os convênios firmados entre as entidades e o INSS para que fossem realizados os descontos nas contas dos segurados. Apesar dos alertas e das recomendações da procuradora-federal, executivos do órgão foram favoráveis à celebração do acordo firmado ainda naquele agosto de 2022. Play Video Edson Akio Yamada, à época diretor de Benefícios e Relacionamento com o Cidadão, aprovou formal e previamente a Minuta do Acordo, seus anexos e o Plano de Trabalho. Ele foi o signatário do ACT e do Plano de Trabalho, representando o INSS. Ele é investigado pela PF e responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da AGU. Foi afastado do cargo em abril deste ano, logo após a deflagração da Operação Sem Desconto. Yamada também é sócio de uma consultoria com José Carlos Oliveira – ex-ministro do Trabalho e Previdência do governo Bolsonaro; Sebastião Faustino de Paulo, Procurador-Geral do INSS, aprovou parcialmente o parecer contrário, destacando que o INSS já havia se manifestado sobre a possibilidade de acordos com entidades associativas além das exclusivas de aposentados e pensionistas, e liberando a área técnica para decidir com justificativa. Ele não é investigado pela PF e CGU; Jucimar Fonseca da Silva, à época chefe da Divisão de Consignação em Benefícios (DCBEN), era responsável por grande parte da condução do processo, análise técnica, emissão de ofícios de exigência e elaboração do Despacho que justificou a assinatura do ACT diante do parecer jurídico desfavorável. Ele manifestou a opinião pela viabilidade técnica e a conveniência administrativa da celebração do ACT. Ele é investigado pela PF e responde a um Processo Administrativo Disciplinar (PAD) da AGU. Foi afastado do cargo em abril deste ano, logo após a deflagração da Operação Sem Desconto. O alerta da procuradora Patrícia Cristina Lessa Franco Martins naquele momento se mostrou, poucos anos depois, uma prévia de uma fraude milionária. A Amar Brasil Clube de Benefícios, que antes de adotar a sigla ABCB, se apresentava como Amar Brasil, é uma das entidades investigadas pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) na Farra do INSS. Quando da celebração do convênio com o INSS, a Amar Brasil era comandada por Felipe Macedo Gomes, então com 30 anos. Ele é um dos “jovens ricaços” que controlavam quatro entidades que faturaram R$ 700 milhões. Foto: Waldemir Barreto/Agência SenadoFabiano Contarato CPMI do INSS Durante CPMI do INSS na última segunda-feira (20/10) o senador Fabiano Contarato mostrou que o governo Bolsonaro e o INSS foram alertados sobre fraudes em descontos associativos Felipe Macedo prestou depoimento à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do INSS na última segunda-feira (20/10). Na ocasião, o senador Fabiano Contarato (PT-ES) rebateu a fala de opositores para dizer que durante o governo de Jair Bolsonaro (PL), o INSS tinha sido alertado sobre os descontos associativos. “Hoje nós vamos ouvir uma pessoa aqui que também foi alertada, que teve parecer da Procuradoria Federal falando que não poderia fazer o ACT. Isso foi… Está no ofício, e aí o Presidente [do INSS] passa por cima, passa por cima e fala: “Não, e vai dar”. Em seguida, Contarato leu trecho do parecer da procuradora do INSS que alertava, já em 2022, sobre os descontos indevidos, bem como a preocupação com a mudança do quadro societário Amar Brasil. YouTube video player Quais foram os outros alertas do parecer da procuradoria do INSS Reprodução/INSSTrecho do parecer da procuradora do INSS sobre a Amar Brasil Em parecer, procuradora se manifesta de forma contrária ao convênio. Ainda assim, explicou que, se a ACT fosse mesmo celebrada, era para o INSS se atentar a algumas questões sobre a Amar Brasil “No documento (…), a entidade interessada informa que solicitou o registro sindical (Inscrição no Cadastro de Entidades Sindicais Especiais – CESE, do Ministério do Trabalho e Emprego – MTE). Assim, caso o ACT seja firmado, é necessário que a entidade apresente a respectiva Certidão, eis que ela, a princípio, atesta a regularidade da entidade”. “Ainda, recomenda-se que o INSS proceda a uma análise de riscos consistente, como também a capacidade técnica desta Autarquia fiscalizar a execução do ajuste, inclusive no controle da natureza da mensalidade associativa a ser descontada e enquadramento das associações como de aposentados, pensionistas e/ou idosos ou de categoria profissional específica”.

FILIADA AO PL COBRA "CASHBACK" DE 1/3 DE EMENDA EM SP

Em áudio, filiada ao PL cobra “cashback” de 1/3 de emenda em SP Filiada ao PL de Rio Claro, no interior de SP, Amanda Servidoni pede R$ 100 mil de uma emenda de R$ 300 mil em áudios de WhatsApp Ramiro Brites 25/10/2025 02:30, atualizado 25/10/2025 08:39 Compartilhar notícia Google News - Metrópoles Reprodução/Redes sociais Valéria Bolsonaro, Amanda Servidoni e Valdemar Costa Neto ouvir notícia Áudios de WhatsApp obtidos pelo Metrópoles mostram conversas de uma filiada ao Partido Liberal (PL) na cidade de Rio Claro, no interior paulista, negociando a devolução de parte do valor de uma emenda parlamentar que seria destinada a um município da região. Amanda Servidoni (ao centro na foto em destaque) se apresenta na região como “assessora” da deputada estadual licenciada Valéria Bolsonaro (PL), atual secretária de Políticas para a Mulher do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), embora não ocupe nenhum cargo na pasta. Categoria da newsletter Receba no seu email as notícias da editoria Metrópoles SP Frequência de envio: Diário Preencha seu e-mail Assinar Ver todas Leia também Tarcísio promete pagar emendas e ser cabo eleitoral de deputados de SP Cidade “paraíso das emendas” pagou empresa dirigida por offshore nas Bahamas Emenda Pix para asfalto alça cidades ao topo de ranking pré-eleitoral Deputado manda emenda para recapear condomínio de famosos onde mora Ex-servidora da Prefeitura de Rio Claro, cidade de 200 mil habitantes que fica a 170 quilômetros da capital paulista, Amanda é presidente do projeto social “Mulheres pela Fé”, que tem Valéria (à esquerda na foto em destaque) como madrinha. Na última quinta-feira (23/10), a secretária inaugurou um escritório político na cidade que fica no mesmo imóvel da sede do projeto de Amanda. Em um dos áudios de WhatsApp, Amanda pede pelo menos R$ 100 mil de volta de uma emenda (verba pública) de R$ 300 mil encaminhada a um município da região — o nome da cidade não é mencionado. Outros áudios indicam que o esquema funcionaria em mais cidades do interior e Amanda se coloca como responsável pela intermediação com deputados estaduais e federais. Play Video A “Ele [prefeito] vai gastar 100k [mil] com a pista, entendeu? Com a… com a coisa. E nós estamos dando 300 [mil]. Desses 300 eu quero pelo menos uns 100, entendeu? Não quero 10%, filho. Vocês não sabem fazer negócio. Se ele falou que ele vai gastar com a… com o caminho 100, ele vai tá ganhando 200 e nós 30?”, questiona Amanda em um dos áudios obtidos pela reportagem (ouça abaixo). Em áudio, filiada ao PL cobra "cashback" de 1/3 de emenda em SP Nas conversas, Amanda se recusa a receber 10% pelo negócio e pede mais dinheiro. Ela também cobra R$ 100 mil “para abrir portas” para os recursos públicos em outros municípios. “Ele [prefeito] já vai ganhar 100 [mil reais] que ele vai executar e 100 que vai vir de lambuja, entendeu? Mas nada certo ele fazer isso para abrir as portas”, afirmou Amanda. “É isso. É 100 e 100, entendeu? 100 e 100. Pronto. Para abrir mais [portas] nas outras cidades”, cobra em outro áudio. Uma pessoa não identificada ajuda a compreender que as conversas eram sobre emendas parlamentares. Em um áudio enviado para Amanda, fala-se sobre a articulação com uma prefeita e uma deputada, cujos nomes não são mencionados. “Amanda, boa noite. Aquela emenda deve estar alinhada, deve estar encaminhada para a deputada lá. Eu não sei, esses dias tava numa correria, a prefeita tava atrás das festas, Romaria, muito compromisso, sabe? Mas se tiver alguma novidade, tá faltando alguma coisa… Foi feito um ofício, foi encaminhado dos R$ 300 mil. Você dá um alô, tá? Qualquer novidade amanhã, tá bom?”, disse o interlocutor. Questionada pelo Metrópoles, Amanda admite a autoria do áudio, disse que “trabalha com projetos”, mas negou que se tratasse de emendas parlamentares. “Não tenho nada a declarar”. 3 imagens Campanha de prevenção do projeto Mulheres pela Fé Filiação de Amanda Servidoni ao PL, com Valdemar Costa Neto e Valéria Bolsonaro Quem é Amanda Servidoni Amanda Servidoni é presidente do projeto social “Mulheres pela Fé”, que tem Valéria Bolsonaro como madrinha. Até o início deste ano, ela era chefe de gabinete do vice-prefeito de Rio Claro. Antes, passou pela Secretaria de Saúde da cidade. Em junho, Amanda se filiou ao PL. A ficha de adesão à legenda foi assinada ao lado do presidente nacional do partido, Valdemar Costa Neto, e da secretária Valéria Bolsonaro. Na última quinta-feira (23/10), a secretária de Política para a Mulher, que é deputada estadual licenciada, inaugurou um escritório político em Rio Claro no mesmo imóvel onde fica o projeto social presidido por Amanda. Em entrevista à imprensa de Rio Claro, Valéria agradeceu por quem a ajudou a montar o escritório político. Amanda foi a única pessoa citada nominalmente. Também na imprensa local, Amanda é apresentada como assessora de Valéria na Assembleia Legislativa (Alesp). Hoje licenciada, a atual secretária de Políticas para a Mulher exerceu o cargo de deputada estadual em 2023 e 2024. Nos dois anos em que atuou na Alesp, Valéria enviou emendas de R$ 300 mil para Rio Claro. Embora exista uma coincidência no valor, não há comprovação de que as emendas tenham sido negociadas por Amanda. Segundo a prefeitura de Rio Claro, uma das emendas, de 2024, foi usada para comprar um veículo para a Saúde. Já o outro repasse, de 2023, foi enviado por meio de emenda Pix, repasse direto para o caixa das prefeituras, sem especificação de projeto de destino. Ainda de acordo com o município, o recurso da emenda Pix será usado para reformar o prédio da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana. Demandada pela reportagem, a prefeitura não apresentou nenhum documento comprobatório sobre a destinação das emendas. Mulheres pela fé Em áudios de WhatsApp, Amanda Servidoni também conversa com um homem chamado Eduardo sobre um projeto de musicalização para mulheres e outro que seria desenvolvido junto com uma pastora. O Metrópoles apurou que o interlocutor seria Eduardo Aparecido dos Santos, assessor jurídico de Valéria Bolsonaro na Secretaria de Políticas para as Mulheres. Ao Metrópoles ele disse que Amanda é uma “assessora regional” de Valéria e que os áudios com pedido de “cashback” de emendas não têm nenhuma relação com a secretária. “Não tem nenhuma relação com a Valéria Bolsonaro. A relação que tem é relação de amizade, é relação de apoio político. É apoio de projetos sociais. Isso sim, isso é público. Rede social, qualquer coisa que você for ver, você vai ver fotos do Mulheres Pela Fé com a Valéria Bolsonaro. Isso sim, a Valéria sempre apoiou esse tipo de projeto porque acaba trazendo ganho para a população. É um apoio, mas ela não é servidora”, afirmou Eduardo Santos. Em nota, a secretaria afirmou que a reportagem não aborda nada que “seja competência da pasta”. “A Secretaria de Políticas para a Mulher não possui relação com o projeto social Mulheres pela Fé. Emendas parlamentares são temas da Assembleia Legislativa, com pagamentos realizados às prefeituras e instituições conforme ritos administrativos e legais. As prefeituras têm autonomia para empregar recursos obtidos por meio de emendas na modalidade transferência especial, cabendo a órgãos de controle e Tribunal de Contas o controle e fiscalização da aplicação dos recursos”. A secretária Valéria Bolsonaro não se manifestou sobre sua relação com Amanda Servidoni até a publicação desta reportagem. O espaço segue aberto. Receba notícias de São Paulo no seu WhatsApp e fique por dentro de tudo! Basta acessar o canal de notícias do Metrópoles no WhatsApp. Fique por dentro do que acontece em São Paulo. Siga o perfil do Metrópoles SP no Instagram. Faça uma denúncia ou sugira uma reportagem sobre São Paulo por meio do WhatsApp do Metrópoles SP: (11) 99467-7776. São Paulo PL Valdemar Costa Neto Bolsonaro

VISITA DE ROGÉRIO MARINHO A SÃO TOMÉ.

BOM DIA .SE TIVESSEMOS UM MOVIMENTO ATUANTE EM SÃO TOMÉ COLOCARIA UMA ENORME FAIXA NA ENTRADA DA CIDADE DIZENDO EM LETRAS GARRAFAIS QUE ESTA FIGURA QUE É CONTRA A CLASSE TRABALHADORA, POIS NUNCA TRABALHOU QUE O MESMO É FIGURA NÃO GRATA NO MUNICIPIO. ALGOZ DA CLASSE TRABALHADORA.

sexta-feira, 24 de outubro de 2025

HERZOG: O CRIME QUE ABALOU A DITADURA

 

HERZOG: O CRIME QUE ABALOU A DITADURA


Este é um documentário original ICL que mergulha em um dos momentos mais sombrios e, ao mesmo tempo, mais importantes da nossa história. Uma obra essencial que resgata a memória da luta pela democracia.

Você vai conferir depoimentos emocionantes de amigos, colegas de trabalho e familiares, como Dilea Frate, Ivo Herzog, João Batista de Andrade, Paulo Markun, Rose Nogueira e Sérgio Gomes, que nos ajudam a entender por que a morte de Vlado provocou uma comoção nacional e se tornou um ponto de virada na luta pela democracia no Brasil.

Logo após a exibição inédita do documentário, estreia também o primeiro episódio do podcast “Herzog: A Foto e a Farsa”, produzido e narrado pelo jornalista Camilo Vannuchi. A produção mergulha nos detalhes desse crime brutal, que, disfarçado de suicídio pelos agentes do regime militar, se tornou um símbolo da repressão, da censura e da luta pela democracia no Brasil.

A homenagem à Vladimir Herzog vai ao ar nesta quinta-feira, 23 de novembro, às 19h, nos canais oficiais do ICL.


📺 Toque aqui para ativar o lembrete da sessão e não perder as estreias!

Ele não pode ser esquecido, e o ICL garante que sua história será contada.


Nos vemos na estreia!
Equipe ICL

SÃO TOMÉ RECEBE VISITA DE UM CANALHA

 RECEBO A INFORMAÇÃO QUE A CIDADE DE SÃO TOMÉ RECEBERÁ AMANHÃ A VISITA DE UMA FIGURA NEFASTA, UM SENADOR DESCARADO, MENTIROSO AO EXTREMO PROFUNDO ADVERSÁRIO DOS/AS  TRABALHADORES/AS DO MUNICIPIO E AÍ VEM A PERGUNTA : O QUE ESTA FIGURA NEFASTA VAI FAZER EM SÃO TOMÉ, VAI PIORAR CADA VEZ MAIS A SITUAÇÃO DE UM MUNICIPIO MERGULHADO NO ATRASO EM TODOS OS SENTIDOS, POIS DAR GUARIDA A ESTA FIGURA CORRUPTA E DESQUALIFICADO.

VAMOS DE MAL A PIOR COM VISITA DE FIGURAS COMO ESTA. UM CANALHA DE MARCA MAIOR.


sábado, 11 de outubro de 2025

 

A desnacionalização silenciosa da Indústria de Defesa Brasileira, por Luís Nassif

A soberania não se mede apenas por território ou força militar, mas pela capacidade de dominar, proteger e desenvolver tecnologia estratégica

Publicado em 10/10/2025

Vamos aprofundar um tema relevante: o risco de desnacionalização da indústria de defesa.

No dia 23 de setembro escrevi o artigo “A desnacionalização silenciosa da tecnologia de defesa brasileira“, com a associação da SIATT com o grupo EDGE, principal setor da indústria de armas dos Emirados Árabes Unidos.

No dia 30, aceitei as explicações da SIATT: “Não houve desnacionalização do MAN-SUP“, de que o controle permaneceu em mãos da SIATT.

Em seguida, recebi informações adicionais, segundo as quais  o grupo EDGE adquiriu apenas 49% da SIATT teria sido uma manobra para não perder as benesses fiscais de uma EEDE (Empresa Estratégica de Defesa).

De qualquer modo, a questão do domínio e/ou transferência de tecnologia merece uma discussão mais aprofundada.

Em tempos de reconfiguração geopolítica e avanço tecnológico acelerado, a soberania nacional não se mede apenas por território ou força militar — mas pela capacidade de dominar, proteger e desenvolver tecnologia estratégica. No Brasil, essa soberania está sob risco crescente.

Vamos entender melhor esse jogo.

O colapso da Mectron e o nascimento da SIATT

A Mectron foi, por décadas, um símbolo da engenharia nacional em defesa. Desenvolveu mísseis, radares e sistemas de guiagem com excelência. Mas a crise da Odebrecht e os efeitos da Lava Jato desmantelaram essa estrutura. O vácuo foi preenchido por interesses estrangeiros: primeiro israelenses, depois os Emirados. A SIATT surgiu como tentativa de resgate — e conseguiu recuperar parte dos ativos e talentos da Mectron. Mas o cenário mudou novamente.

EDGE: parceiro ou vetor de desnacionalização?

Em 2023, o grupo EDGE adquiriu 50% da SIATT. Oficialmente, a empresa continua sendo uma EEDE (Empresa Estratégica de Defesa), com controle nacional. Mas a realidade é mais complexa. O EDGE não é apenas um investidor: é o braço estatal dos Emirados para tecnologia militar, com forte apoio dos Estados Unidos. Já comprou a Condor, líder em tecnologias não letais, e agora mira o MANSUP — míssil antinavio desenvolvido para a Marinha do Brasil.

De qualquer modo, uma política nacional de defesa é tema por demais estratégico para ficar enclausurado. Seria bom para o país – e para ela própria – que a Marinha abrisse as discussões sobre a estratégica nacional de defesa e os projetos de joint-ventures.

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A estratégia dos Emirados e o papel dos EUA

Os Emirados não querem apenas comprar armas. Querem produzir, dominar e exportar. Com apoio americano, criaram uma base industrial robusta, absorvendo tecnologias via joint ventures e offsets. O EDGE é a ponta de lança dessa estratégia. Ao se associar à SIATT, ele não apenas acessa de imediato atecnologia brasileira — mas também abre caminho para que essa tecnologia circule em mercados alinhados aos interesses dos EUA, como Egito, Indonésia e Peru.

O que está em jogo

A SIATT domina sistemas críticos: guiagem, navegação, telemetria, propulsão. O EDGE traz expertise em radar ativo, integração multiplataforma e inteligência artificial. Juntos, desenvolvem o MANSUP-ER, com alcance de até 200 km. Mas quem controla o conhecimento? Quem decide o destino comercial? E quem garante que essa tecnologia não será usada fora dos interesses brasileiros?

Não se pode perder de vista que o MANSUP, até agora, é uma tecnologia inteiramente desenvolvida com recursos do Estado brasileiro, administrados pela Marinha.

Os investimentos da EDGE será aplicados em um projeto maior de expansão industrial, incluindo a construção de fábricas e a ampliação da linha de produtos de armas inteligentes e munições guiadas.

A Marinha e o controle estratégico

O acordo com a Marinha prevê compartilhamento de propriedade intelectual, produção nacional e royalties. Mas a comercialização internacional depende da SIATT e do EDGE. A Marinha mantém controle sobre o uso soberano — mas não sobre o destino global da tecnologia. Em tempos normais, cláusulas de confidencialidade, controle governamental e alinhamento com a Estratégia Nacional de Defesa seriam suficientes. Hoje, talvez não sejam.

Conclusão: soberania exige vigilância

A desnacionalização da indústria de defesa não acontece com fanfarra. Ela é silenciosa, gradual, técnica. A entrada de capital estrangeiro pode ser positiva — desde que acompanhada de salvaguardas reais. O Brasil precisa decidir se quer ser protagonista ou apenas fornecedor de talentos e tecnologia. O caso da SIATT é emblemático. E o tempo para agir é agora.

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