Neste mês, as Nações Unidas lançaram uma iniciativa para
promover emprego decente para a juventude e auxiliar na transição da escola ao
mercado de trabalho.
Segundo o Diretor Geral da Organização Internacional do
Trabalho (OIT), Guy Ryder, o sistema ONU inicia uma parceria com empresas,
instituições acadêmicas, organizações juvenis e outros grupos para agir em prol
do emprego de qualidade para a juventude. O objetivo de criar empregos decentes
para os jovens também entrou na Agenda de Desenvolvimento Sustentável para 2030
da ONU.
Dados da OIT mostram que há 1,8 bilhões de
jovens no mundo e, destes, 169 milhões são categorizados como working poor
no mundo, significando que trabalham mas têm rendimentos inferiores à linha da
pobreza, como discutido no Boletim de Política Social 248. Em países de baixa
renda, nove em cada dez jovens trabalhadores estão empregados no setor
informal, com baixos salários e pouca ou nenhuma proteção social. Em todo o
mundo, os jovens são mais propensos a empregos flexibilizados, informais e
apresentam taxas de desemprego até três vezes maior que a dos cidadãos com mais
de 25 anos. Para as jovens, a situação é mais vulnerável, com ainda maior
propensão à informalidade e menores salários, que se agrava ainda mais para as
mulheres, que recebem salários em torno de 20% menores que os homens, segundo a
OIT, para os mesmos empregos em geral, não só entre a juventude.
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