Mais de um século depois dos protestos que culminaram no marco do 1º de Maio, trago aqui apenas dois exemplos recentes, dentre muitos outros casos, do porquê essa luta ainda segue tão urgente.
No fim do ano passado, mostramos que operários chineses estavam trabalhando em condições degradantes na construção da primeira fábrica de carros elétricos do Brasil, da empresa BYD, em Camaçari (BA). A reportagem revelou agressões, alojamentos precários, falta de equipamentos de proteção e jornadas exaustivas de 12 horas por dia, todos os dias da semana.
Depois da nossa denúncia, o caso ganhou repercussão. Uma força-tarefa com o Ministério Público do Trabalho (MPT) e outros órgãos resgatou 163 trabalhadores chineses do terreno da fábrica da montadora BYD.
Em 2022, outra reportagem da Pública teve grande impacto: revelamos que o iFood contratou agências de publicidade para tentar desmobilizar o movimento de entregadores. A denúncia chegou à CPI dos Aplicativos na Câmara de São Paulo, foi levada ao Ministério Público do Trabalho e à Procuradoria-Geral da República, e até o Conar abriu uma apuração.
A pressão gerou resultado: em 2023, o iFood e as agências assinaram um acordo com o Ministério Público Federal e do Trabalho, comprometendo-se a contratar um auditor em direitos humanos e investir R$ 6 milhões em pesquisas e projetos que analisem as relações de trabalho com os entregadores, o marketing digital e a responsabilidade social das plataformas de trabalho online. Segundo os procuradores, foi a reportagem da Pública que impulsionou as investigações sobre o caso.
Esses são apenas dois exemplos do impacto do jornalismo independente da Pública na defesa dos direitos de quem trabalha. Neste 1º de Maio, apoie quem está do lado dos trabalhadores. Entre nesta luta com a gente e nos ajude a continuar denunciando abusos, dando visibilidade às lutas e cobrando mudanças. |
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Quero defender os trabalhadores!
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