Marxismo cultural
Marxismo cultural é uma teoria da conspiração[1][2][3] difundida nos círculos conservadores e da extrema-direita estadunidense desde a década de 1990. Refere-se a uma suposta forma de marxismo, alegadamente adaptada de termos econômicos a termos culturais pela Escola de Frankfurt, que teria se infiltrado nas sociedades ocidentais com o objetivo final de destruir suas instituições e valores tradicionais através do estabelecimento de uma sociedade global, igualitária e multicultural.[4]
De acordo com essa teoria conspiratória, a Escola de Frankfurt seria a origem de um movimento contemporâneo da esquerda mundial para destruir a cultura ocidental.[5][6] Essa teoria da conspiração tem recebido apoio de um think tank norte-americano chamado "Free Congress Foundation",[7][8] e é divulgada majoritariamente por paleoconservadores como Pat Buchanan e William S. Lind.[9][10]
No Brasil seu principal proponente é Olavo de Carvalho,[11] além de Marcel Van Hattem,[12] o Instituto Liberal,[13] Rodrigo Constantino do Instituto Millenium,[14] os proponentes do Escola sem Partido,[15][16] o padre católico Paulo Ricardo.[17] Jair Bolsonaro e vários membros do seu governo,[18] dentre eles o ex-ministro da educação, Ricardo Vélez Rodríguez[19] e o das relações exteriores, Ernesto Araújo,[20] também acreditam na existência de tal conspiração.
A expressão "marxismo cultural" em si deriva de uma teoria conspiratória similar que foi muito popular durante a ascensão do nazismo na Alemanha da primeira metade do século XX, onde recebia o nome de "bolchevismo cultural".[21] Os conspiracionistas afirmam que o multiculturalismo e a cultura politicamente correta seriam a realização dos planos da Escola de Frankfurt.
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