domingo, 8 de março de 2020

ATINGIDOS POR BARRAGEM

Nota do Movimento dos Atingidos por Barragens
Neste 8 de março, dia de luta das mulheres, as atingidas por barragens se colocam firmes contra a violência de gênero e na defesa da democracia e dos direitos. 
Sabemos que a data, carregada de significado histórico para a organização das mulheres no mundo, não é motivo algum de comemoração, mas, sim, um momento de denúncia das injustiças.
O Brasil, infelizmente, ainda é um país extremamente machista onde há muitas questões a serem pautadas, desde a grave desigualdade salarial até o feminicídio - nosso país amarga o quinto lugar no ranking dos que mais matam mulheres.
Neste sentido, no contexto de violação de direitos das populações atingidas, as mulheres também são afetadas de forma mais profunda, com a falta de reconhecimento na interlocução com as empresas, o fim dos laços familiares e comunitários, além do aumento da violência doméstica e exploração sexual. 
Nós, mulheres, queremos ficar vivas. Em defesa da vida, lembramos de nossas companheiras lutadoras que se foram: Dilma Ferreira, Nicinha, Berta Cárceres, Marielle Franco e tantas outras mortas de forma violenta na luta por um mundo mais justo. 
Com o atual governo, a vida das mulheres se torna, cada dia, mais difícil com aumento do desemprego, cortes em saúde e educação, além dos claros ataques e demonstrações de ódio pela existência feminina.  
Sinal claro do amplo retrocesso que estamos vivendo é a latente necessidade em pautar a democracia, cotidianamente ameaçada pelo próprio presidente. 
Não descansaremos até que todas sejamos livres. Somos mulheres, somos atingidas, somos resistência, estamos em luta. E que este 8 de março inspire nossas próximas batalhas.
Mulheres, água e energia não são mercadoria!

Nota Oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Hoje, milhões de mulheres vão às ruas em todo o mundo lutar por bandeiras de igualdade. Elas estão nas ruas por igualdade de direitos, de salário, de oportunidades e, sobretudo, pelo direito à própria existência. Uma coisa tão cara como a vida é negada a uma mulher a cada 7 horas no Brasil. Uma mulher a cada 7 horas. Esse é o número de feminicídios em nosso país, onde, apenas em 2019, o machismo assassinou 1.314 mulheres, incentivado por um governo que naturaliza a violência.
Neste dia que nos convoca à reflexão e à luta, quero lembrar de uma mulher que há 725 dias teve a vida encerrada justamente por encarnar a luta e os ideais das mulheres que sonham com um mundo mais igual: Marielle Franco.
Buscar justiça para Marielle e por todas as Marielles que incomodam por sua força, que incomodam por saber seu lugar e fazer questão de ocupa-lo, é um dever de todos nós.
Eu me somo, ao lado de nosso partido que já levou uma mulher ao mais alto posto da República e é presidido por uma, na luta por um mundo onde as pessoas não sejam subjugadas por seu gênero. Em nossa busca permanente e inegociável por igualdade e justiça social.

Lula

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