Nota do Movimento dos Atingidos por Barragens
Neste 8 de março, dia de luta das mulheres, as atingidas por
barragens se colocam firmes contra a violência de gênero e na defesa da
democracia e dos direitos.
Sabemos que a data, carregada de significado histórico para a
organização das mulheres no mundo, não é motivo algum de comemoração,
mas, sim, um momento de denúncia das injustiças.
O Brasil, infelizmente, ainda é um país extremamente machista onde
há muitas questões a serem pautadas, desde a grave desigualdade
salarial até o feminicídio - nosso país amarga o quinto lugar no ranking
dos que mais matam mulheres.
Neste sentido, no contexto de violação de direitos das populações
atingidas, as mulheres também são afetadas de forma mais profunda, com a
falta de reconhecimento na interlocução com as empresas, o fim dos
laços familiares e comunitários, além do aumento da violência doméstica e
exploração sexual.
Nós, mulheres, queremos ficar vivas. Em defesa da vida, lembramos
de nossas companheiras lutadoras que se foram: Dilma Ferreira, Nicinha,
Berta Cárceres, Marielle Franco e tantas outras mortas de forma violenta
na luta por um mundo mais justo.
Com o atual governo, a vida das mulheres se torna, cada dia, mais
difícil com aumento do desemprego, cortes em saúde e educação, além dos
claros ataques e demonstrações de ódio pela existência feminina.
Sinal claro do amplo retrocesso que estamos vivendo é a latente
necessidade em pautar a democracia, cotidianamente ameaçada pelo próprio
presidente.
Não descansaremos até que todas sejamos livres. Somos mulheres,
somos atingidas, somos resistência, estamos em luta. E que este 8 de
março inspire nossas próximas batalhas.
Mulheres, água e energia não são mercadoria!
Nota Oficial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
Hoje, milhões de mulheres vão às ruas em todo o mundo lutar por
bandeiras de igualdade. Elas estão nas ruas por igualdade de direitos,
de salário, de oportunidades e, sobretudo, pelo direito à própria
existência. Uma coisa tão cara como a vida é negada a uma mulher a cada 7
horas no Brasil. Uma mulher a cada 7 horas. Esse é o número de
feminicídios em nosso país, onde, apenas em 2019, o machismo assassinou
1.314 mulheres, incentivado por um governo que naturaliza a violência.
Neste dia que nos convoca à reflexão e à luta, quero lembrar de
uma mulher que há 725 dias teve a vida encerrada justamente por encarnar
a luta e os ideais das mulheres que sonham com um mundo mais igual:
Marielle Franco.
Buscar justiça para Marielle e por todas as Marielles que
incomodam por sua força, que incomodam por saber seu lugar e fazer
questão de ocupa-lo, é um dever de todos nós.
Eu me somo, ao lado de nosso partido que já levou uma mulher ao
mais alto posto da República e é presidido por uma, na luta por um mundo
onde as pessoas não sejam subjugadas por seu gênero. Em nossa busca
permanente e inegociável por igualdade e justiça social.
Lula
Nenhum comentário:
Postar um comentário