Secretário da Previdência é investigado por desvio com emenda parlamentar no RN
Hoje
secretário da Previdência, Rogério Marinho era deputado federal quando
liberou uma emenda a hospital fechado, beneficiando empresa que
depositou R$ 41,2 mil a seu primo
No fim do mês passado, quando foi deflagrada a Operação Tiro, que gerou a prisão de um empresário ligado ao caso, os investigadores chegaram a encontrar uma mala com R$ 265 mil em espécie na casa de Ruy Marinho. Além do parentesco do ex-deputado do PSDB pelo Rio Grande do Norte, o primo era assessor na Assembleia Legislativa do estado.
A suspeita que recai sobre o hoje integrante do governo Bolsonaro tem como base a emenda parlamentar nº 81000450, liberada por ele durante sua atuação parlamentar, que era destinada à compra de medicamentos e insumos hospitalares para o Hospital Municipal Ministro Paulo de Almeida Machado.
A liberação do dinheiro para o hospital foi feita entre novembro e dezembro de 2016, durante a gestão do prefeito Ney Rocha Leite no município de Touros. Mas o hospital estava fechado no período já há 60 dias. Ainda assim, a empresa Artmed Comercial recebeu cinco repasses de R$ 195 mil, outro na quantia de R$ 26 mil e um terceiro de R$ 41 mil.
Os investigadores então rastrearam as movimentações bancárias do sócio da Artmed, Gabriel Delanne Marinho, e detectaram que ele transferiu três quantias que totalizaram R$ 41.200,00 a Ruy Aranha Marinho Júnior, primo do ex-deputado e hoje secretário especial da Previdência do governo de Jair Bolsonaro.
Durante a deflagração da Operação, no dia 28 de março, a PF apreendeu na casa de Ruy Marinho Júnior, em Natal, uma mala de R$ 265,9 mil, mais 2.330 euros e 10.825 dólares, todos em espécie.
“Como se vê, é clara a ligação entre Gabriel Delanne Marinho e Ruy Aranha Marinho Júnior, de forma que não se pode descartar a hipótese de que expressiva cifra encontrada em poder deste último, durante a busca e apreensão realizada em 28 de março, tenha origem em operações ilícitas levadas a refeito recentemente por ambos”, disse o juiz Hallison Rego, da Vara Federal do Rio Grande do Norte.
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