quarta-feira, 11 de julho de 2018

Eleições 2018

Michelle Bachelet assina carta de apoio à candidatura de Lula

por AFP — publicado 10/07/2018 14h34, última modificação 10/07/2018 15h28
Ex-presidenta do Chile e outras 42 personalidades da esquerda do país assinaram documento em "defesa da democracia" no Brasil

Ricardo Stuckert
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Documento pede respeito à Constituição e inscrição de Lula como candidato presidencial em outubro
A ex-presidenta socialista Michelle Bachelet assinou, junto a outros dirigentes da esquerda chilena, uma carta de apoio à candidatura presidencial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, preso por corrupção.
A carta dirigida ao Poder Judiciário brasileiro faz "uma defesa pela democracia". E conta com as assinaturas de 43 personalidades da esquerda chilena, entre elas Maya Fernández, presidenta da Câmara de Deputados e neta do ex-presidente Salvador Allende.
"Consideramos que uma eleição presidencial sem Lula como candidato poderá ter sérias impugnações de legitimidade e aprofundariam ainda mais a crise política que o Brasil tem de superar", afirma a carta.
O texto pede ao Poder Judicial brasileiro que se "garanta o respeito à Constituição, permitindo a inscrição de Lula como candidato presidencial. A democracia brasileira exige. Os democratas chilenos também".
Além do apoio a Lula, a carta relembra todo o contexto da política brasileira – desde a destituição da presidenta Dilma Rousseff, em agosto de 2016. Os signatários também expressam ainda “preocupação pela crise política que atravessa o Brasil" e solidariedade com o "presidente Luiz Inácio Lula da Silva".
Levando em conta que "o Brasil desempenha um papel político de liderança em nível regional e global", segundo os signatários do texto, as eleições de outubro "devem se tornar o momento para começar a superar a crise política dos últimos anos".
Lula, que presidiu o Brasil de 2003 a 2010, é "indubitavelmente a figura política mais relevante e popular do país" e todas as "pesquisas de opinião continuam a apontá-lo como o vencedor mais provável, com uma vantagem considerável sobre todos os seus possíveis concorrentes", apontam.
O ex-presidente brasileiro continua preso, apesar do vaivém jurídico do último domingo 8, cumprindo pena de 12 anos e um mês de prisão por corrupção. Ele foi condenado por ser beneficiário de um apartamento triplex no Guarujá, litoral paulista, oferecido pela construtora OAS, em troca de mediações para obter contratos com a Petrobras.
Lula, de 72 anos, acusado em seis outros casos, nega que o apartamento seja dele e considera sua condenação um complô das elites para impedi-lo de retornar ao poder. E, de fato, o ex-presidente lidera as intenções de voto para as eleições presidenciais de outubro. Sua candidatura, no entanto, corre risco de ser invalidada pela Justiça Eleitoral.
*Leia mais em AFP 

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